quarta-feira, 17 de novembro de 2010

FETICHE, UM GRANDE TABU

Foto: Chicote
São várias as características que diferenciam o homem dos animais e, sem dúvida, a maneira como lidamos com o sexo é uma das principais. Não se trata apenas do fato de fazermos sexo por prazer e não para a simples procriação. Aliás, até que se alcance o ápice do prazer, o êxtase, o rito sexual percorre um longo caminho, a começar pelo despertar do desejo. O que pode ser feito com um beijo, uma carícia ou com um fetiche.

São várias as interpretações possíveis para o termo. A mais comum está relacionada à estimulação do desejo sexual, geralmente, relacionada a objetos ou a alguma parte do corpo. Mas isso ainda é encarado com certo tabu. Casais que ousam se render à realização de seus fetiches, não raro, são tachados de depravados, pervertidos, degenerados. Será?

Que homem nunca visualizou a parceira com um provocante lingerie vermelha? Que mulher nunca se perdeu em devaneios eróticos em lugares e situações inusitadas? Qual casal não ousou experimentar apimentar a relação com alguns “brinquedinhos” ou visitando aquele quarto picante de motel? Quem nunca teve fantasias envolvendo frutas, sorvetes, coberturas e chantilly? Quem nunca as realizou? Não seriam fetiches essas situações?

Não é comum as pessoas conversarem naturalmente sobre tudo isso em nossa sociedade. Temos vergonha? Medo do julgamento alheio? Receio da discriminação?

Mas entre parceiros não é preciso ter vergonha, certo? Nem sempre. Muita gente ainda tem vergonha, receio, medo ou seja lá o que de assumir para o parceiro ou parceira seu desejo, suas fantasias, seus fetiches. Será que deixar de falar sobre determinados assuntos não seria o primeiro passo para construção dos tabus?

Siga também em:

Facebook
Twitter